quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PARÁ


Não precisamos passar por isso, eu digo não à divisão! Ora, não vejo razão para discutir com quem não sabe nem o que "PARÁ" significa, quem não conhece os problemas de nosso Estado, com parte da elite que chama nossos jornais de ordinários, muito menos com alguns dos moradores de outros Estados que são preconceituosos, chamam nosso povo de ignorante e não dão a mínima quando queremos mostrar nossa cultura.
Agora, perto do plebiscito, podemos discutir com o povo a favor da divisão, paraense, aqui vão algumas informações que dificilmente poderás encontrar completas na internet:

PARÁ: É do tupi pa'ra, 'mar', nome do braço direito do rio Amazonas (conhecido nesse trecho como rio Pará), que, ao confluir com o rio Tocantins, alarga-se muito, parecendo o mar. Daí a denominação Grão-Pará. Em 1616 estabeleceu-se a capitania do Grão-Pará, que passoua a província do Pará em 1823 e a Estado do Pará  em 1889.
(Enciclopedia Mirador Internacional - ed. 1994)

CONTANDO A HISTÓRIA
O Estado do Pará, estrela solitária que tremula na Bandeira Nacional acima do dístico "Ordem e Progresso", já foi território independente do Brasil. Ligado diretamente ao Reino de Portugal logo no começo de sua colonização, o Estado do Maranhão e Grão-Pará eram separados da então colônia portuguesa na América. Grande parte das terras paraenses também já pertenceram, mesmo que só no papel, à Coroa Espanhola, devido à União Ibérica, entre 1580 e 1640.
Após o fim dessa União Ibérica, foi incentivada a colonização do Pará, cujas terras já estavam sob mira de outras nações européias. Portugal substituiu o comércio das especiarias orientais pelo extrativismo das chamadas "drogas do sertão", descobrindo uma alternativa econômica e ajudando a desbravar o território do Grão-Pará.
No final do século XVIII, o Pará destacava-se como centro produtor agrícola. Sua população crescia com a chegada de casais oriundos da Ilha dos Açores. Muitas localidades ganharam notoriedade e foram alçadas à condição de vila.
Mas o isolamento do Pará em relação à colônia suscitou uma resistência às determinações das autoridades portuguesas. Essa desobediência ao Governo Imperial acabou gerando, no século XIX, o Movimento da Cabanagem, que levou ao poder representantes do povo, e até hoje é considerado o fato político mais importante do Estado. Após anos de luta sangrenta e renhida, os cabanos foram derrotados em sua ânsia de liberdade.
Sufocada a guerra civil, o Pará começou a viver um período de fausto e prosperidade, proporcionado pela exploração da borracha que se estendeu até as primeiras décadas do século XX. É poca em que o dinheiro fácil dava à cidade de Belém, capital do Pará, áreas de metrópole européia. Belém estava mais próxima de Paris do que da capital da República, a cidade do Rio de Janeiro.
No campo político, o Pará passou a vivenciar os principais acontecimentos da época, como a abolição da escravatura e a Poclamação da República. O movimento abolicionista foi se fortalecendo através de jornais e clubes, que divulgavam os ideais antiescravagistas. A causa republicana também foi abraçada pela imprensa e pelo clube Republicano, criado em 1886.
No entanto, a riqueza gerada pelo ciclo da borracha se esvaiu graças à exploração predatória dos seringais. A economia do Estado passou a setorizar-se por região: a agricultura na Zona Bragantina, a pesca ba Zona do Salgado, e a pécuária na Ilha do Marajó.
O Pará só ressurgiu no cenário econômico nacional a partir da década de 50, quando a Região Norte começou a despertar o interesse de governantes e grandes empresários. A política de desenvolvimento global da região, caracterizada pelos incentivos fiscais a grandes empreendimentos, foi desenvolvida primeiramente pela SPVEA e depois pela Sudam.
A abertura de rodovias, interligando o Pará a outras unidades da Federação, e a descoberta de reservas minerais (principalmente ouro e minério de ferro), trouxeram para o Estado uma leva de imigrantes, principalmente nordestinos e sulistas. A ocupação das áreas ao longo das rodovias resultou no aparecimento de novos núcleos populacionais, muitos já elevados à categoria de município.
É dessa história de colonização, de luta pela liberdade, de riqueza e decadência, e, acima de tudo, de força e esperança, característica maior do povo paraense, que podemos dizer com consciência limpa NÃO À DIVISÃO.   




   

          HINO DO PARÁ
Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador!
Teu destino é viver entre festas,
Do progresso, da paz e do amor!
Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador!


(Estribilho)
Ó Pará, quanto orgulho ser filho,
De um colosso, tão belo e tão forte;
Juncaremos de flores teu trilho,
Do Brasil, sentinela do Norte.
E a deixar de manter esse brilho,
Preferimos, mil vezes, a morte!


Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã!
Tudo em ti são encantos vibrantes,
Desde a indústria à rudeza pagã,
Salve, ó terra de rios gigantes,
D'Amazônia, princesa louçã!


*A maioria conhece o estribilho porque passa no comercial, não é! O texto abaixo é para quem quer saber tudo sobre o hino (kkk concordo que é chato ler isso!).

ESTUDO DO HINO DO PARÁ
Segundo o jornalista Osssian Brito, o Hino do Pará surgiu em época anterior ao ano de 1915 e não tinha caráter ou sentido oficial, desconhecendo-se qualquer ato que o tenha oficializado naquela oportunidade.
Cantado pelos alunos do "Colégio Progresso Paraense", foi publicado em 1915, na página 5 dos "Annaes do Colégio Progresso Paraense", edição comemorativa do tricentenário de Belém
SIMBOLISMO
A letra do hino é um verdadeiro poema de exaltação ao Estado do Pará. Ela fala da beleza natural do Estado, da exuberância de suas metas e florestas, dos seus rios, do heroísmo do seu povo e traz uma mensagem de otimismo e de esperança para o futuro.
AUTORES
Foi autor da letra do "Hino do Pará" o professor dr. Arthur Teódulo dos Santos Porto, conhecido intelectual e educador, fundador do "Colégio Progresso Paraense", nascido em Pernambuco em 1886 e falecido em Belém - PA em 1938.
Embora atribuída a Gama Malcher, professor do canto coral do referido colégio, a autoria da música é na realidade de Nicolino Milano, violonista, compositor e regente brasileiro, nascido em Lorena - SP no ano de 1876 e falecido no Rio de Janeiro em 1931.
O Maestro Gama Malcher foi o autor da adaptação e do arranjo musical para canto coral.

Agradeço a paciência de quem leu tudo e o interesse de ler o final por quem pulou a parte extensa. Com carinho, aluna da Joana Vieira.

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